Dr. Francisco Amaral – O dióxido de cloro pertence à família dos
compostos clorados conhecido desde o século XIX. Devido as suas propriedades
bactericidas inicialmente foi usado nos Estados Unidos como desinfetante e
posteriormente devido a sua segurança como purificador de água para populações.
Como podemos observar o seu uso atravessa os séculos e as
suas indicações não param de aumentar, é seguro e não tóxico e o seu uso se
estendeu à indústria alimentícia.
O potencial germicida levou o governo americano a usá-lo em
2001 para desinfectar o edifício do senado de Washington DC e as
correspondências contaminadas pelo Antrax. Atualmente é uma das drogas usadas
contra o bioterrorismo no mundo comprovando sua eficácia secular. Na catástrofe
do furacão Katrina em New
Orleans, o gás de dióxido de cloro foi usado para esterilizar
toda a cidade. Através de uma técnica de fumigação os edifícios e residências
foram esterilizados, não deixando efeitos tóxicos residuais e sem causar
reações alérgicas. Em 2005 sua indicação também foi aceita como fungicida nos
Estados Unidos.
A sua ação é biológica, não sendo antibiótico, portanto não
causando resistência bacteriana e nem alterando a microbiota natural.
A indicação como agente para uso bucal vem sendo pesquisada
desde o inicio dos anos 90, mas foi no início deste século que ganhou a
confiabilidade dos pesquisadores. E se avolumam os trabalhos científicos que
comprovam sua ação biológica sobre as bactérias principalmente anaeróbicas
proteolíticas da cavidade oral, principalmente da saburra lingual produtoras
dos Compostos Sulfurados Voláteis (CSV) causadoras do mau hálito. O seguimento
através de aparelhos como Halimeter e mais recentes espectrofotômetros gasosos
demonstram sua ação sobre a geração destes gases da halitose e o seu completo controle.
Fonte: Halitose Contemporânea - Dr. Francisco Amaral